domingo, 31 de maio de 2009

Cereais

Em todas as viagens que fiz para Luanda nunca trouxe muita comida. Meia dúzia de enlatados, divididos por atum, salsichas, sardinhas e cavalas, serviam (e sobravam) para as refeições aos fins-de-semana. Na última temporada em solo africano criei o hábito de jantar cereais. O hábito não perdurou, mas os cereais ficaram. Agora, a avaliar pelo carregamento que me acompanha, desconfio que terei exagerado...


sexta-feira, 29 de maio de 2009

Casa de Alvalade




Mais uma temporada em Luanda, sempre numa casa diferente. Deixo-vos com as fotos do costume.

domingo, 24 de maio de 2009

Londres (again)

O rascunho há muito que estava escrito, mas a preguiça levou a melhor nestas últimas semanas. Ainda assim, mais vale tarde que nunca, por isso, aqui fica a crónica relativa à estadia em Londres:

Dia 1:

Lisboa, 6h50. Alvorada. Pequeno-almoço consistente, de certa forma a preparar o estômago para os que se avizinhavam, e partida em direcção ao aeroporto. Voo tranquilo, sem sobressaltos. O único facto digno de registo foi o elevado número de brasileiros presentes, incluindo um membro da tripulação. Chegámos a Luton com bom tempo, apanhámos o autocarro até Marble Arch e daí seguimos de metro até Russel Square, onde entrámos no hotel, já com o Calisto à nossa espera, no bar, com uma pint a fazer-lhe companhia. Recepção efusiva (primeiras palavras: mas que cabelo é esse?!) e sem tempo a perder, apenas entrámos no quarto, um autêntico com forno com o aquecimento ligado, para despejar a tralha e enganar a fome com outra sandwich.

Para dar inicío à visita turística, rumámos a Piccadilly Circus e aqui começa a primeira de muitas maratonas. Com fotos habituais em todos os locais obrigatórios fomos atravessando o St. James Park, densamente povoado, até ao Buckingham Palace, daí para o Big Ben, Westminster Abbey, Parliament Square. Atravessámos o Tamisa para ver de perto o London Eye e descobrir uma exposição do Dali mesmo ao lado. Como o plano para o primeiro dia já estava definido, continuámos até Trafalgar Square, passámos em Chinatown, até parármos numa Angus Steak House para a primeira refeição num restaurante inglês, digno desse nome. Bifes grelhados e um fish and chips, com puré de ervilhas, para fazer as honras do país. Para desmoer o jantar, continuámos a caminhar, atravessando a Regent’s Street até Oxford Street, onde vagueámos até serem horas da despedida, que acabou por acontecer em Marble Arch. Posto isto, ainda tivemos tempo para comprar alguns souvenirs e regressar, por fim, ao hotel com o dever cumprido.

Dia 2:

Londres, 6h40. A recepção de uma mensagem é confundida com o despertador. Uma vez descoberto o engano, adormeço até às 8h00, altura do banho, seguido do primeiro full english breakfast. Refeição ligeira, contento-me com sumo de laranja, torradas, chá com leite, duas salsichas, uma fatia de bacon, outro pão e um bolinho para rematar. Já o meu pai preferiu algo mais substancial como feijão, ovo mexido, ovo estrelado, bacalhau(!), pão e chá, para ajudar a digestão. Satisfeitos, seguimos para o Madame Tussaud, onde esperámos 1h15 na fila para entrar. Depois do museu dominado, passeámos pelo Regent’s Park. Daí avançámos até Waterloo. Na rua, umas bancas vendiam comida tradicional de vários países: paella, ostras, vinhos, queijos e enchidos faziam as delícias dos turistas. Sem perder o norte, dirigimo-nos ao London Eye para ver a exposição de Dali que se encontrava mesmo em frente. Algumas frases que retive: “Modesty is not exactly my speciality” e “Men have two defects: modesty and women”, que me fazem recordar outra expressão presente num anúncio publicitário do metro: “Make an impression, don’t leave a mark”. Com mais um sítio visto, continuámos pelo mundo da arte, até ao Tate Modern, o qual recomendo vivamente a quem perceber alguma coisa do assunto (o que não é, obviamente, o meu caso). À saída passámos pelo Shakespeare Globe, fomos andando até à St. Paul’s Cathedral e parámos para lanchar num dos muitos Café Costa presentes na capital Londrina. Já com o dia ganho, vagueámos pela Oxford Street, para cima e para baixo, à procura de um internet café e até o encontrámos… fechado. Regressámos ao hotel, acabando por jantar num pub tradicional, onde me estreei no clássico fish and chips.

Dia 3:

Ao terceiro dia, a chuva apareceu, ainda que tímida. Começámos o passeio por Notting Hill, Portobello Road, onde parámos para a foto da praxe ao pé da Travel Book store. Já habituados a palmilhar quilómetros, fomos a pé até ao Hyde Park, vimos o Albert Hall Memorial e a sala de espectáculos. Para descansar um bocado, seguimos de metro até Tower Hill, onde vimos a Torre de Londres, atravessámos a Tower Bridge, passámos no City Hall e no Borough Market, ambos fechados. Regresso a Piccadilly, para seguir até Trafalgar Square, mais precisamente para ver a National Gallery, dominada pela pintura sacra (comentário do momento: é só Cristos e quando não é ele, é a mãe). Como ainda faltava algum tempo para jantar, fomos para outro internet café, para actualizar blogs (não o meu, como é notório) e saber das últimas. Jantámos noutro pub tradicional onde pedi e expliquei o que era uma bica escaldada. Para finalizar o dia, só faltava ver o musical Chicago, o qual foi bastante engraçado.

Dia 4:

Último dia em Londres e o mais tranquilo. Fomos até Convent Garden para completar a lista de souvenirs e até ouvimos música clássica, mas antes atravessámos a Portugal Street, que de notório só tem mesmo o nome. Deambulámos pela Oxford Street, até pararmos, para não variar, num internet café. Perto do hotel, tínhamos o British Museum, demasiado extenso para ver em pouco tempo. Do que vi, saliento a história e a evolução dos relógios como o mais interessante. Para descansar e queimar tempo, assistimos num pub ao Arsenal – Manchester United. Ainda hoje consigo ouvir o som gutural (YES!!!) do barman quando o Man. Utd marcou o primeiro golo. Depois do jogo, ficámos, sentados no hotel, a ver o tempo passar até às 3h. Nessa altura apanhámos um táxi até à paragem de autocarro que nos deveria levar ao aeroporto. Até aqui tudo bem, não fosse a paragem errada. Por sorte, surgiu logo a seguir outro táxi, que nos levou de borla à paragem certa. Sem mais sobressaltos chegámos ao aeroporto, onde tomámos o pequeno-almoço no Starbucks (sandes de carne acompanhadas com café com leite para manter a consistência alimentar dos últimos dias). Voo tranquilo, nada a registar (até porque vim sempre a dormir). Já em Lisboa, seca para mostrar os passaportes. Quando ultrapassámos essa barreira, já as malas estavam, pela primeira vez, à nossa espera.

sábado, 2 de maio de 2009

London - take two

Juntando o útil ao agradável, aproveito a semana extra de férias para regressar a Londres, verdade seja dita, às custas do meu pai, e deste modo reencontrar o tempo cinzento, os parques imensos, o sotaque britânico e já agora, El Capitan!


Once and again, it's time to fly.